"QUE TIPO DE EXECUTIVO É VOCÊ?"

Quer conhecer de fato um executivo? Jogue-o aos tubarões!
Embora essa seja somente mais uma frase de efeito, ela carrega em sí muita verdade e reflexão. Trabalhar em uma empresa líder de mercado, reconhecida, e estabilizada, todo mundo quer. Agora, trabalhar em uma empresa que se encontra em crise, não é todo executivo que quer...e pode!


Já tive a grande e valiosa oportunidade de viver, como executiva, os dois lados da moeda : já trabalhei em uma empresa multinacional, líder de mercado em seu segmento, e totalmente estável financeiramente, como também já fui executiva , bem no início da minha carreira, de empresas que estavam passando por momentos super delicados , fragilidade financeira, e desestruturação. Como mencionei acima, viví os dois lados da moeda : o lado 1, "coroa", que são as empresas "top de linha", e do outro lado a "cara", empresas de "cara com a crise". E sabe o que aprendí com isso? Que a maior escola que um profissional pode ter é trabalhar em uma empresa que se encontre em um momento crítico e instável. Nela se aprende , na marra, a se desenvolver a criatividade, a flexibilidade, o espírito de equipe. Aprende-se também a se priorizar o que realmente importa ser feito  naquele momento, e a planejar ações emergenciais de curto prazo, ações estas que obrigatoriamente sejam de grande efeito, e que tragam resultados imediatos. Departamentos diversos se unem e se integram, parcerias estratégicas se travam com fornecedores, e sua visão se amplia. Você começa a desenvolver uma habilidade importantíssima , que é a de reconhecer de fato quem são os seus verdadeiros parceiros, quem realmente está de corpo e alma com a empresa, quais fornecedores de produtos e serviços realmente valem à pena, e a avaliação de funcionários, nesse momento, fica muito mais clara e consistente. Afinal, não é qualquer executivo que consegue trabalhar em um ambiente crítico e emergencial . Há de se ter  principalmente  muito equilíbrio emocional e uma atitude de entrega e compromisso , aliado aos seus conhecimentos técnicos. Mordomias são cortadas, alguns cargos de assessoria e suporte dos executivos são necessariamente extintos provisoriamente, fazendo com que os cargos de chefia e mais estratégicos se envolvam mais com o nível operacional e tático, e é nesse momento que um executivo realmente cresce em sua profissão, aprende a lidar com situações diversas, "carrega" a sua bagagem profssional com experiências unicas e valiosas, aumenta a sua auto-confiança, e aí sim  se prepara para ingressar em grandes empresas, e lidar com projetos mais audaciosos e alçar vôo. E a lição que fica é só uma: nessa peneira, as pedras valiosas são os profissionais que realmente tem estrutura ampla para atuar nessas circunstâncias, e a sabedoria e humildade para o aprendizado. Esses são realmente os "executivos de fato".